Alcobaça (cidade) tem uma macrocefalia chamada Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. A evolução histórica transportou até aos nossos dias o maior mosteiro do país e um dos maiores da Europa. O povoado foi cercando o mosteiro e, à medida que este perdia importância, cresceram as indefinições quanto ao que poderia ser o mosteiro no futuro. Esse debate é hoje mais forte e intenso, deve ser encarado como um desafio e nunca como um problema. Este mosteiro macrocéfalo é um legado histórico e um referencial de desenvolvimento para o futuro, com todos os constrangimentos inerentes mas, principalmente pelas suas potencialidades. Um pormenor fundamental e prévio a tudo aquilo que gostaria de partilhar convosco… Qual a estratégia e a importância atribuída pelos decisores ao capital humano?
Da resposta a esta questão desenvolve-se a minha adesão a qualquer projecto. Que me interessa a ideia mais fantástica, se depois não há capacidade para colocar uma, duas, três pessoas a trabalhar no local. Apesar disso não me inibo de apresentar propostas sem ponderação de factores mas, se atentarem, quase todas as ideias que aqui apresento não são soluções megalómanas e irresolúveis. À medida que o debate crescer irão surgir propostas mais ou menos exequíveis, mais ou menos focalizadas. Daquilo que já surgiu pergunto: será pragmático querer um Museu da Língua Portuguesa ou da CPLP se não tenho um espaço de conhecimento sobre a História do Mosteiro e dos Coutos de Alcobaça? Que nos interessa a nós, nesta fase, ter um museu de Cistér em Portugal se o mosteiro nem sequer reconquistou a sua centralidade no espaço dos antigos coutos?Vamos então por partes e trilhando um caminho seguro, sustentável, através de parcerias direccionadas rigorosamente para o fundamental:
– Valor Histórico e Cultural;
– Captação e Formação de capital humano (IQ magnet);
– Rentabilização económica e projecção radial de resultados;
Equipamentos públicos e privados, serviços culturais e turísticos, ensino e fruição terão de ser realidades que funcionem em consonância. Para que tal aconteça teremos de ser inovadores na forma como os espaços são geridos atendendo ao quadro legal pouco flexível e centralizador. O desafio não pode ser um problema. Alcobaça não poderá cometer erros quanto ao Mosteiro, pois seriam absolutamente comprometedores quando deparamos com um futuro que nos é, cada vez mais, periférico.
Ideias fortes para o exterior: Cluster do Património Mundial, Afirmação do território dos Coutos de Alcobaça com o Mosteiro como referência, Afirmação da centralidade na futura Rota Nacional de Cistér.
Ideias fortes para o interior do Mosteiro: Welcome Center, Espaço Património Mundial, Centro Municipal do Conhecimento, Museu do Mosteiro de Alcobaça.
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